Segundo fontes e diplomatas da UE, a União Européia concordou com um acordo que permitirá que os agricultores americanos aumentem sua participação no mercado europeu de carne bovina, o que poderia ajudar a aliviar as tensões comerciais transatlânticas.
O acordo fará com que os Estados Unidos recebam uma parcela garantida de 45.000 toneladas da cota da UE para o fornecimento de carne sem hormônio. A cota foi acordada em 2009 para resolver uma disputa entre as duas partes sobre a proibição da UE ao uso de hormônios do crescimento na carne.
Os agricultores americanos dominaram inicialmente a cota, mas, de acordo com as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), a cota também deveria ser concedida a fornecedores não americanos.
Mas a Austrália e o Uruguai, e mais recentemente a Argentina, aumentam constantemente suas exportações, reduzindo assim a participação dos EUA na cota para 30%.
A Comissão Européia, coordenando as políticas comerciais de 28 países da UE, firmou um acordo com os Estados Unidos de que os agricultores americanos recebem uma cota inicial de 18.500 toneladas, aumentando em sete anos para 35.000 toneladas em sete anos.
Mas, para que o acordo cumpra os requisitos da OMC, a União Europeia também precisa concluir um acordo com fornecedores "substanciais". A Austrália confirmou que estava relutante em aceitar o ajuste, e diplomatas da UE disseram que Argentina e Uruguai também aceitaram a mudança.
Atualmente, a UE negocia o livre comércio com a Austrália e o bloco comercial do Mercosul da América do Sul, dos quais Argentina e Uruguai são membros. Em uma e nas outras negociações, um aumento no fornecimento de carne bovina à Europa é um requisito essencial.