Se o produtor brasileiro de algodão encomendar uma nova colheitadeira agora para lidar com a colheita abundante esperada, ele não a receberá este ano. A indústria esgotou sua capacidade.
“Ainda estamos fornecendo colheitadeiras encomendadas no ano passado. Alguns chegarão às fazendas no meio da safra e só ajudarão a concluir o trabalho de campo ”, disse Rodrigo Bonato, diretor de vendas brasileiro da fabricante de equipamentos John Deere, na Agrishow, a maior feira de equipamentos agrícolas da América Latina, em entrevista à Reuters.
A John Deere é o único fornecedor do tipo de colheitadeira de algodão que os agricultores brasileiros usam em vastos territórios nos estados de Mato Grosso ou Bahia. A empresa importa carros de sua fábrica de Des Moines, em Iowa. Outros fabricantes, como o Case IH, produzem máquinas que não atendem às necessidades locais.Atualmente, o Brasil está experimentando um boom na produção de algodão como resultado do aumento dos preços mundiais e de um imposto chinês adicional de 25% sobre as importações de algodão para os Estados Unidos no contexto de uma guerra comercial.
A Associação de Exportadores de Algodão da Anea prevê que as exportações brasileiras de algodão aumentarão 35% este ano para 1,7 milhão de toneladas de fibra. Espera-se que na safra atual sejam colhidas 2,64 milhões de toneladas de algodão em comparação com os 2 milhões de toneladas do ano passado.