O preço base do café cru nos mercados internacionais atingiu o nível mais baixo desde 2006, e isso levou os produtores de café do mundo todo à pior crise nos últimos anos.
A situação é especialmente crítica para a América Latina, a maior região produtora de café cru do mundo. A Colômbia é o terceiro maior exportador de café do mundo, enquanto Honduras, México, Guatemala, Peru, Nicarágua e Costa Rica estão entre os 15 primeiros.
No entanto, o mercado internacional redundante e distorcido, dominado por apenas alguns processadores e especulações, agrava as tendências existentes na região, como a migração e a transição para atividades ilegais.Embora o consumo global de café tenha crescido em média 2,2% ao ano desde 2011, para 163,6 milhões de sacas de 60 kg cada em 2018, o preço internacional do café cru começou a cair rapidamente desde o final de 2018. Em meados de abril deste ano, o preço de referência para os futuros de abril de arábica bruta caiu para US $ 0,90, enquanto o custo de uma xícara de café fabricado em cafeterias nos EUA e na Europa aumentou nos últimos anos, para US $ 2 agora (libra de café) pode fazer até 48 xícaras de 6 onças).
Os preços mais baixos do café cru refletem um excesso de oferta, principalmente do Brasil, mas as distorções do mercado global também mantêm os preços artificialmente baixos e voláteis.Milhões de agricultores latino-americanos que dependem da indústria cafeeira estão perdendo dinheiro. Segundo fontes do setor, os custos médios de produção na região variam em torno de US $ 1,15 por libra, mas o preço C atual está abaixo de US $ 1 por libra.